MAÇA DE ADÃO (2023)


É do desconhecimento quase generalizado o facto de que o Fado foi dançado durante quase metade da sua existência. Na Lisboa oitocentista esta dança com forte expressão social denominava-se “Fado Batido”, nome que advém do ato de sapatear, de bater com o pé no chão ao som do fado.

Jonas&Lander decidem dar início ao processo da devolução da dança ao Fado estreando em 2021 o espetáculo BATE FADO, considerado pelos periódicos Público e Expresso como o melhor espetáculo de dança do ano. No mesmo ano, Jonas lança o seu primeiro álbum enquanto cantautor, SÃO JORGE, com edição pela Valentim de Carvalho e produção musical de Jorge Fernando, que deu a conhecer a irreverência e frescura na escrita e composição de Jonas, revelando forte contributo para a expansão lírica do Fado.

MAÇÃ DE ADÃO é um projeto que contribui para o resgate, a reinterpretação e a reconstrução da dança extinta do Fado. O projeto conta com a gravação de um álbum de originais e com um espetáculo que irá materializar ao vivo a tour do álbum. Este concerto será composto por quatro músicos, dois bailarinos e pelo próprio fadista, levando o público a revisitar as origens do Fado com olhar posto na contemporaneidade que caracteriza a carreira deste artista. A própria origem etimológica da palavra Fado, fortemente conectada com a roda da fortuna, o ocultismo, ou o tarô, serve de imaginário que nutre estética e coreograficamente este concerto, onde a dança transborda do palco para uma plateia que volta pela primeira vez a dançar o Fado.

Em suma, MAÇÃ DE ADÃO assume-se como um forte contributo para a reconstrução de um episódio da nossa História que padece de um apagão da memória coletiva. Estará o fado triste dos nossos dias, tão distante do fado boémio oitocentista, a chorar a saudade da sua dança? MAÇÃ DE ADÃO é sem dúvida um projeto com o potencial de reacordar e trazer de novo à luz uma das peças que compõem o puzzle tão rico e complexo da nossa identidade portuguesa.


Direção Artística: Jonas
Apoio Dramatúrgico: Lander Patrick
Coreografia: Jonas&Lander
Interpretação: Acácio Barbosa, Bernardo Romão, Jonas, Lander Patrick, Lewis Seivwright,Tiago Valentim e Yami Aloelela
Direção Técnica e Desenho de Luz: Rui Daniel
Operação de Som: João Pedreira
Adereços: Inês Abrunhosa e Rita Torrão
Figurinos: Jonas

Casa de Produção: Associação Cultural Sinistra
Direção de Produção e Difusão: Inês Le Gué
Gestão Administrativa e Financeira: Gabriel Lapas
Assistência de Produção: Margarida Silva
Coprodução: Cineteatro Louletano, Município de Alcanena, Município de Pombal, Teatro Diogo Bernardes, Teatro José Lúcio da Silva
Apoio à Criação: Casa Varela, Estúdios Victor Córdon/Opart, Largo Residências, O Espaço do Tempo
Apoio Financeiro: Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores
Discografia: Valentim de Carvalho

Projeto apoiado pela República Portuguesa - Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes.